ALERGIA ALIMENTAR

alergia alimentar
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A ASCENSÃO DA ALERGIA ALIMENTAR

 

TEORIAS DA ALERGIA ALIMENTAR

Os alimentos são uma importante fonte de energia em nossas vidas. Certamente você já ouviu falar de alergia alimentar. Apesar de não haver dados oficiais sobre a incidência do problema no brasil, a alergia alimentar está em ascensão, com uma maior procura por prontos- atendimentos em decorrência das reações a alimentos.

A alergia alimentar está em alta e afeta principalmente as crianças. Está presente em cerca de 5% das crianças e 2% dos adultos e as manifestações clínicas estão mais variadas e graves.

Não há uma causa conhecida do por que as proteínas de alguns alimentos são inimigas do sistema imune, porém o fator genético tem grande influência. Existem teorias que tentam explicar por que a alergia a alimentos está aumentando.

Uma delas é a teoria da higiene. Segundo esta teoria, o fato de vivermos em um ambiente muito limpinho e blindado contra agentes infecciosos deixou nosso organismo sensível de mais.

Outra teoria, seria sobre o parto cesárea. Foi realizado ma pesquisa grega publicada recentemente no periódico da academia europeia de alergia e imunologia clínica. Os cientistas acompanharam 459 crianças nascidas em uma mesma maternidade durante os três primeiros anos de vida. Dessas crianças, 24 desenvolveram alergia alimentar. Ao cruzarem os dados, os estudiosos descobriram que, em comparação com os bebês nascidos de parto normal, aqueles que chegaram ao mundo via cesárea apresentavam maior probabilidade de reagir negativamente a certas comidas.

Mais outra teoria seria a introdução de fórmulas de leite de vaca ao recém- nascido, em que as defesas ainda não estão maduras. A proteína do leite de vaca é hoje a principal causa de alergia alimentar em nosso país.

Uma outra teoria, seria o uso excessivo de antibióticos na infância que atrapalham as defesas do nosso organismo.

E uma última teoria, tempo cada vez menor de amamentação, além de pais sedentários e com dieta desregrada, interferiria na informação genética transmitida aos filhos.

 

OS 7 ALIMENTOS MAIS ALERGÊNICOS

 

Vamos conhecer os alimentos que são responsáveis por 90% dos casos de alergia alimentar:

 

1 – Leite e Derivados:

alergia a leite

São os maiores causadores de alergia no brasil. A alergia desses produtos ocorre basicamente por causa das proteínas caseína, alfa-lactoalbumina e beta-lactoglobulina.

Em geral, até os 5 anos de idade a criança passa a tolerá-los. E, não adianta optar pelo leite de cabra, pois as proteínas são semelhantes e a chance de reação é de 92%. É raro o leite e derivados causarem alergia em adultos.

Alergia ao leite é diferente de intolerância ao leite. Muitas pessoas confundem esses dois quadros. Non caso da alergia, o sistema imune reage à proteína do leite (caseína) e na intolerância, acontece uma dificuldade de digerir o açucar do leite (lactose).

 

2 – Ovo:

Algumas pessoas podem ser alérgicas as proteínas do ovo. Nesse caso, é necessário excluir da dieta tanto a clara como a gema. Existem também algumas vacinas que podem conter proteínas do ovo, como é o caso da febre amarela e gripe. Neste caso, estas vacinas não podem ser administradas.

 

3 – Soja:

Geralmente aparece nos bebês e crianças. A proteína da soja surge em um monte de produtos, como temperos, congelados e sucos. Até os 10 anos de idade, espera-se que esta reação não ocorra mais.

 

4 – Castanhas

A alergia às oleaginosas vem aumentando significativamente. A reação pode surgir em qualquer fase da vida e é tipicamente persistente. Existe a chance de uma pessoa com alergia à avelã não ter efeitos adversos ao comer amêndoas, por exemplo.

 

5 – Frutos do Mar

O destaque aqui é o camarão. Como, em geral, comemos camarão de vez em quando, é possível que o sistema imune o reconheça como algo hostil ao nosso corpo, produzindo respostas alérgicas. Normalmente, quem tem alergia a camarão, indica-se evitar outros frutos do mar, como caranguejo e lagosta. Os peixes não fazem parte do grupo, mas também podem gerar alergia.

 

6 – Amendoim

alergia a amendoim

Estima-se que o número de crianças com alergia a essa leguminosa triplicou nos estados unidos entre 1997 e 2008. No Brasil, essa alergia não é tão grande como nos EUA, mas a incidência vem subindo claramente. O amendoim está no time dos alimentos capazes de provocar reações persistentes.

 

7 – Trigo

A alergia ao trigo não é a mesma coisa que doença celíaca (glúten), porém as proteínas do trigo são bem semelhantes às proteínas formadoras do glúten. Por isso, por uma possibilidade de reatividade cruzada, recomenda-se excluir os alimentos que possuem tais substâncias.

 

TIPOS DE ALERGIA ALIMENTAR

 

Os tipos de alergia podem ser divididos basicamente em 2 versões:

Ige mediada: em contato com o alimento alergênico, o anticorpo Ige reage liberando histamina. Essa substância é quem causa placas vermelhas na pele, inchaço nos olhos, boca e laringe. Pode ocorrer também falta de ar e até manifestações mais graves caracterizando o choque anafilático. Essas manifestações ocorrem em segundos ou até duas horas após a ingestão do alimento.

Não mediada por Ige: nesse caso, a proteína alergênica incita a resposta de células do sistema imune. Elas inflamam o órgão-alvo até gerar lesões. Por isso, um dos sinais mais perceptíveis em bebês é a presença de sangue nas fezes. Também pode ocorrer vômito, diarreia, intestino preso, etc. Todos esses sintomas surgem mais tardiamente, às vezes, dias após o consumo.

 

DIAGNÓSTICO DA ALERGIA ALIMENTAR

Para o diagnóstico correto seguimos 4 etapas:

  1. A história clínica do paciente e da família.
  2. Realizações de testes laboratoriais, se há suspeita de alergia mediada por Ige.
  3. Tirar o ingrediente suspeito de causar a alergia alimentar da dieta.
  4. Realizar a reintrodução do alimento sob supervisão médica.

 

Se após todas estas etapas a alergia alimentar for confirmada, não há escapatória: o alimento que dispara as reações deve ser expulso da mesa.

A boa notícia é que, muitas vezes, o quadro melhora sozinho e de forma definitiva. As alergias a leite, soja, ovo e trigo costumam sumir ainda na infância.

Nos adolescentes e adultos o campeão de queixas é camarão e como não temos contato diário com ele, os frutos do mar podem causar uma alergia persistente.

O mesmo vale para amendoim, castanhas e peixes.

É muito importante um diagnóstico preciso para se evitar dietas desnecessárias que inclusive podem levar a uma deficiência de nutrientes e a uma mudança importante na rotina familiar.

Conviver com a alergia alimentar é um desafio. Mas a ciência vem tentando criar alternativas para diminuir as alergias. Uma delas é introduzir os ingredientes potencialmente alergênicos o mais cedo possível. O objetivo seria treinar o sistema imune para aceitá-lo sem reclamar. Essa estratégia foi tentada em um estudo inglês chamado LEAP, do qual participaram 550 bebês. Os resultados mostraram que dar amendoim a partir dos 4 meses, na vigência da amamentação, de fato protegeu as crianças contra reações adversas.

Diante da dificuldade em identificar ingredientes alergênicos em produtos industrializados, um grupo de pais deu início, em 2014, ao movimento Põe no Rótulo. O projeto prevê que, em vez de palavras como estabilizante caseinato de sódio, as marcas informem na embalagem que o produto contém leite. O soro albuminado, outro exemplo, deveria virar ovo. A medida foi aprovada em 2015 pela ANVISA, e as marcas tiveram um ano para se adaptar.

Se você se identificou em algumas dessas reações a alimentos, consulte um médico, de preferência alergologista e um nutricionista para te ajudar com a sua dieta.

 

Posted on 6 de novembro de 2017 in Curiosidades, Dermatologia, Nutrição

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